sábado, 14 de agosto de 2010

















Calabouço da vida


Fui enclausurado.
Em uma indesejável rotina.
Onde o silencio grita alto.
E as noites são longas e frias.

A dor adormeceu em meu coração.
A capacidade de sonhar,
Se tornou-se quase em vão.

Os olhos vendados pela,
Espessura dos muros do presídio.
Deixando meu mundo mas escuro,
E menos claro,cada vez que pisco.

Esmurrando no escuro.
A esperança é o meu triunfo.
Que atrás desses muros.
Encontrarei um novo mundo.

Ou pelo menos que nasça
O sol um dia.
Que ilumine,brilhe através das grades
Do calabouço da vida.


                                Fredy letras

Um comentário:

  1. Do lado de lá do muro, o desconhecido,
    do lado de cá, os mitos que se despedaçam,
    numa cruzada inútil, sem sentido,
    deus cada vez mais distante dos corações,
    mitos ameaçadores, que te vão enredando
    em suas malhas,
    um sistema que te afasta cada vez mais
    do núcleo amoroso dentro de ti,
    te envelhe sendo.
    Do lado de cá do muro, a prisão.

    “Pai, afasta de mim este cálice.
    “Beba que te fará bem.
    “Me crucificarão?
    “Te libertarão.

    Do lado de lá, a libertação.

    “Pai, eu perdôo as bocas que pronunciaram
    as palavras que me aprisionaram.”

    Entra pela porta estreita,
    bagagens ficam do lado de fora,
    leve a vontade de ser livre
    para pensar, ou dispensar,
    para escolher entre as cores do arco-iris,
    para morder a maçã e recusar o limão,
    para olhar dentro, e não para o alto,
    para acolher e ser acolhido.

    Para, quem sabe,
    “entrar finalmente num universo superiormente
    interessante, onde cada hora tem um encanto
    diferente, e cada passo conduz ao êxtase,
    ao luxo radioso de novissimas sensações.”

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