domingo, 17 de outubro de 2010

















Fruto da guerra

Guerrilha armada.
Guerrilha biológica.
Por uma pátria amada.
De honra morta.

Cla! Cla! Cla!
Pa! Pa! Pa!
Disparos sem direção.
Traçando o céu de algum lugar.
Parando em algum coração.

Manipulação laboratorial.
Mutação genética.
O nascimento de um marginal.
Em confronto com a selva.

Trafico de entorpecentes.
Informação, ideologia.
Deixa minha mente,
Louca e nociva.

Grita, esperneia.
É sangue não tenha duvida.
Que escorre todos os dias.
Que mina por essas ruas.

O medo anda porá aqui.
Correndo amparado.
Do que vive a lhe perseguir.
Que vem no seu vaco.

Me ver sorrir?
É difícil.
Sou hipócrita até comigo.

Eu vejo o mundo.
Mas ele não me ver.
Sou um fruto.
A amadurecer.

Dependurado a uma árvore de concreto e tijolo.
Tacam-me pedras para me derrubar e comerem até meu caroço.

Se conseguirem...

Comão, chupem e engole.
Pois eu renasço na sua morte.





                                                        Fredy letras

Um comentário:

  1. Você é demás, poeta,ah, como adoro ler te. Fico estarrecida, que imaginação bonita!

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