domingo, 24 de outubro de 2010
Quando a boca se cala
A boca se cala.
E o coração grita.
Perde o ego da fala.
Transformando em sangue a saliva.
Língua que tagarelou.
Até se retalhar,
Com suas próprias palavras que citou.
E que veio a se engasgar.
Ouvido que não soube ouvir.
Boca que não soube se conter.
Os dentes tornaram-se espinho.
Cordas vocais que veio a se retorcer.
Lábios blasfêmico.
Com batom de veneno.
Que morreu remoendo-o.
Atrás da parede da solidão.
Com a boca se calando pronunciando palavrão.
Fredy letras
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