domingo, 24 de outubro de 2010





















Semáforo da vida

O sinaleiro.
Tornou-se ponto de comercio para a criança em desespero.
Empreendimento financeiro.
Que gera um lucro mínimo para o seu sustento.

A balinha pode parecer doce.
Sendo chupada dentro do seu carro.
Mas arde e queima como enxofre.
Para quem esta de fora no sol lhe oferecendo em uma bandeja em troca de centavos.

                                     X

O Sinal fecha e ele entra no palco.
O artista malabarista com seu espetáculo.
O vermelho do semáforo.
É como seu holofote que ilumina jogando bolinha para o alto.

Seus telespectadores o aplaudem, prestigia.
Mas não batendo uma mão a outra.
E sim batendo á mão a buzina.
Colocando algumas moedas em sua toca.

                                  X

As cortinas se fecham.
Anoitece.
Alguém acena com a mão.
É uma pedestre.

Sua beleza ilumina a noite.
Seu perfume purifica o ar.
Ataca como um açoite.
Quem ela consegue encantar.

Vista por centenas de olhos mundanos.
Sentida apenas por dois.
Que a fica esperando.
Ela trazer o arroz.

                                X

O sinal abre todos os carros seguem em frente.
Menos eles esperando pelo próximo freguês, telespectador ou cliente.

Este é o semáforo da vida a cada cruzamento.
Não te quero ver no vermelho.

Quero-te sorrindo, vivendo, amando.
Quero-te no amarelo pensando.

E poder tomar a decisão certa e conquistar o que nunca teve.
E poder lhe ver passando pelo sinal verde.



                                                      Fredy letras

Nenhum comentário:

Postar um comentário